O abrir dos olhos pela manhã,
olhar pela janela e ver o sol, ouvir o som dos eletrodomésticos, o som de
crianças sorrindo ou ainda sentir que a cama em que está deitado é o lugar mais
aconchegante que poderia experimentar dentre quaisquer outras coisas são
atividades do dia a dia que se tornam comuns a partir do momento que se deixa de
percebê-las como únicas e se mergulha de cabeça nos mesmos fatos de ontem.
A nossa tendência é de viver uma repetição
de coisas que nos entorpece e nos transforma em pilotos automáticos que levam
os seus carros ao trabalho sem nos darmos conta do trajeto feito. No meu ponto
de vista, em alguns momentos, este comportamento pode até ser bom para
superarmos grandes frustrações, no entanto a busca pelo bem estar e pelo estar
bem em todas as circunstâncias da vida exige mais audácia, mais comprometimento
e busca pelo novo e pela percepção do comum com outro olhar, mesmo que, para
reforçar a postura frente às nossas posições e interesses.
Na era do bombardeio de
informações e busca de “super-humanos” que acreditam fazer muito mais que as
gerações anteriores. Perdemo-nos com a inovação tecnológica que nasceu para nos
favorecer e se transformou em muitos casos em uma “muleta”, fazendo com que a
nossa percepção da realidade seja completamente distorcida a ponto de criar novas doenças e novos problemas.
Bem, a experiência de ver o desespero de uma pessoa quando perde o celular é surpreendente. É como se tivesse perdido a própria identidade. É sinônimo de frustração, tristeza, quase depressão. A pessoa se sente perdida, sem centro. Parece que está lhe faltando um pedaço. Ao reencontrá-lo vivencia uma contagiante euforia, um sentido de comunhão e reintegração com o todo.
Experimente ir ao
centro da cidade a pé e atravessar uma faixa de pedestres que não está debaixo
de um semáforo. Provavelmente você pensará nos motivos que levam um cidadão a
nem mesmo reduzir a velocidade quando está próximo da faixa e você se queixará.
Já no caso de você estar conduzindo o veículo poderá se surpreender com um
gesto de agradecimento ao parar o seu carro para que a pessoa atravesse a
faixa, sendo que ela não deveria fazê-lo.
É inquietante ver uma fila enorme
para embarcar em um voo e pessoas que insistem em passar na frente uns dos
outros pelo jeitinho, pelo mérito social de ter um cartão de crédito
diferenciado, pelos pontos de milhas ou qualquer outro motivo. Mesmo sabendo
que todos têm os assentos marcados e que irão para o mesmo destino na mesma
aeronave. A questão é: por que alguns se afligem? Como reagem à estes
estímulos? Tendem a ficar mais irritados ou aproveitam o tempo para conhecer
alguma nova pessoa? São gentis com a tripulação ou reclamam do que é oferecido
para beber ou comer?
O que acontece conosco, hoje, individualmente
ou em grupo quando da utilização das inovações de maneira degradante ou
desrespeitosa, contrariamente ao propósito básico de toda evolução que é o de
nos trazer bem estar e bem comum?
Acredito que o redemoinho de
respostas prontas às nossas percepções diárias assim como o enquadramento de
nossas ações tendo em vista o que todo mundo tem feito, faça com que nós
produzamos mais do mesmo e nos entorpeçamos com tudo isso. Receitas
provavelmente não existam. Talvez existam caminhos fáceis para a fuga de si e
dos outros, mas na realidade o caminho é árduo e longo na busca de melhorar a
si mesmo, conhecendo se mais, e de dar alguns passos no sentido de ouvir com
atenção as cores, as expressões, a temperatura e porque não os sons de cada
momento, além de, viver com intensidade e respeito.
Se você permitir que eu lhe
deseje algo, se é que me permite, comece se perdoando e aceitando que é
limitado, escolha o que confiar a alguém e confie verdadeiramente a ponto de
fechar os olhos e deixar-se cair para que esta pessoa possa te segurar, seja
duro com os problemas e leve com as pessoas, reflita e não se entorpeça.
Tudo isto pode possibilitar uma
leitura diferente de um novo dia em uma nova trajetória para um mundo melhor
onde você encontrará bem estar e o proporcionará àqueles que lhe rodeiam.
Obrigado Profª Cleuza Pimenta pelo incentivo e participação na redação deste pequeno texto.
Abs,
Léo
Obrigado Profª Cleuza Pimenta pelo incentivo e participação na redação deste pequeno texto.
Abs,
Léo

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Espero discutir ideias e seus comentários irão me permitir uma visão mais ampla sobre a tese. Te agradeço. Abs, Léo
I desire to discuss ideas. Your comments will allow me a broader view of the thesis. Thank you, Leo