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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Gerenciamento de Projetos

Ontem, 16/09/2015, tive o prazer de palestrar sobre Gerenciamento de Projetos para profissionais que têm interesse em iniciar ou se aprofundar sobre o tema. Espero que eu tenha realmente sensibilizado algumas pessoas a trilhar esse nobre caminho de aprendizado.

Aproveito este canal para dividir a apresentação usada na palestra.


























segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Uma abordagem construtivista usada no treinamento de Gestão de Projetos

Um dos desafios de ministrar um treinamento de curta duração de gestão de projetos para um público heterogêneo é a decisão pela abordagem, tradicional ou construtivista [1]. No caso da abordagem tradicional os casos práticos de conexão entre a teoria e a prática poderiam se perder e o estudante que tem algum conhecimento do tema poderia se distanciar ou até mesmo se desinteressar. Já por outro lado, na abordagem construtivista, a exigência sobre o estudante causa estranheza por não ser, geralmente, a abordagem comumente utilizada ao longo da vida acadêmica da maioria de nós alunos ou professores.

A questão colocada aqui é: "Seria possível fazer com que o treinamento em gestão de projetos fosse dinâmico, assertivo e transmitisse o verdadeiro propósito de se gerir projetos levando o foco da aprendizagem para o estudante, ao invés de se concentrar no instrutor?"

Fiquei tentado em construir o treinamento com o objetivo de responder positivamente à questão colocada com o forte propósito de transmitir o que mais importava: fazer de nossas atividades e por que não de nossas vidas em projetos divertida, simples, rápida e barata.

O treinamento é voltado para profissionais graduados de nível superior, Administradores, Supervisores, Coordenadores, Gerentes, Superintendentes, Líderes de equipe, Diretores e profissionais interessados em adquirir ou atualizar conhecimentos em gestão de projetos para realização de ações estratégicas nas organizações. Tive o prazer e a honra de ministrar este treinamento em agosto deste ano na cidade de Uberaba para uma equipe que tinha a seguinte formação:


Figura 1 - Mapa da equipe que recebeu o treinamento.

Tenho alguns objetivos particulares em escrever este texto que são a ampliação do meu conhecimento, demonstrar os aspectos gerais do método usado e de receber críticas e sugestões diversas, sendo assim busco ser uma pessoa e um profissional melhor.

Fiz pesquisas sobre o tema e me chamou a atenção a reportagem da Paula Adamo Idoeta da BBC Brasil [2]: “Oito coisas que aprendi com a educação na Finlândia”.

A reportagem trouxe inspiração para o desenvolvimento deste trabalho, tomando como base a análise de um dos sistemas de ensino mais elogiados do mundo, o sistema de ensino da Finlândia. Portanto a ligação entre projetos reais vivenciados por mim e o conhecimento teórico que os alunos tem por objetivo receber, fez com que fosse possível desenvolver a abordagem com foco na seguinte tese: Ao professor cabe mediar a interação na sala de aula e saber quais metas têm de ser alcançadas no projeto.

O treinamento é dividido em três etapas e composto pela apresentação de exemplos práticos, pela elaboração de respostas à questões inusitadas e pela crítica ao óbvio, no entanto é totalmente aderente às melhores práticas de gerenciamento de projetos veiculadas pelo PMI (Project Management Institute).

Figura 2 – Exemplo de projeto acadêmico baseado em projeto real 
(respeitando todos os direitos de confidencialidade)

Além disso, são realizados simulados eletrônicos onde é possível verificar a aderência do conteúdo e o controle do aprendizado em tempo real. Assim que se finaliza o simulado é apresentado o resultado geral para a equipe, discutidas e esclarecidas todas as questões fazendo com que o estudante reflita sobre seu desempenho e sobre o projeto.

Figura 3 – Exemplo do resultado do simulado eletrônico que é verificado imediatamente após a sua conclusão.

A primeira etapa é a exploração teórica dos processos de gerenciamento de projetos: iniciação, planejamento, execução, monitoramento e controle e encerramento. Também se faz a integração deste conteúdo com as dez áreas de conhecimentos de gerenciamento de projetos. 

A atuação ativa do aluno na elaboração de documentos como se todos pertencessem à empresa hipotética formada pela turma treinada é uma forma de tornar o cenário em que o estudante está inserido o mais dinâmico possível e também crível e realístico.


Figura 4 – Exemplo de documentos fornecidos para que o estudante possa elaborar seu projeto no treinamento. São padrões usados em grandes empresas e que o aluno pode levar para o seu ambiente de trabalho.

Na segunda etapa a partir da escolha, realizada pelo instrutor, do projeto a ser desenvolvido pelos alunos se constrói as bases para o aprendizado. A escolha do projeto deve permitir a construção de uma dinâmica conectada à terceira etapa, que viria sucessivamente. 

Ainda nesta etapa é necessário que seja construído o plano de desenvolvimento do projeto, sendo assim se realiza a iniciação e o planejamento do projeto.

No caso da equipe de Uberaba foi escolhido um brinquedo e toda a contextualização e interconexão entre a teoria e a prática foi realizado com ele. Desde a elaboração de um mapa mental utilizando o software MindMeister [3], EAP (estrutura analítica do projeto), redação do máximo de informação sobre o projeto: o que é o projeto, o como fazê-lo, as restrições, as premissas, entre outras informações. Fazendo com que se vislumbre o máximo possível as áreas de conhecimento antes da execução em si.

Figura 5 – Brinquedo utilizado para a realização do projeto.

Na terceira e última etapa se deu seguimento ao desenvolvimento do projeto e neste ponto o instrutor entrega ao time o plano de desenvolvimento do projeto elaborado iniciado na etapa dois e completado com informações adicionais para que eles possam executar o projeto e certamente efetuar as iterações, registro das mudanças, compartilhamento de ideias, realização do monitoramento e controle do projeto, além disso, realizar o término do encerramento do projeto.

Figura 6 – Documentação elaborada pelo instrutor a partir do que foi realizado na segunda etapa e completado com informações necessárias para o desenvolvimento da terceira e última etapa.

Como o projeto é inusitado e seguramente único, todos os requisitos e planejamentos desta etapa do treinamento são realizados com base no objeto escolhido. No caso da equipe de UBERABA foi feita a divisão em sub-equipes que se responsabilizaram pelo desenvolvimento de algum item e cada sub-equipe trabalhou como um fornecedor de parte do produto à uma empresa maior denominada montadora que por sua vez deveria certificar a montagem final, testes e aprovação do conjunto completamente montado e pesado. Deveriam ser levados em consideração requisitos importantes de massa, custo e tempo. 

A divisão dos estudantes foi feita em quatro sub-equipes:
  • Cabine
  • Chassi
  • Caçamba anterior
  • Caçamba posterior

Nesta etapa era necessário elaborar o manual de montagem do brinquedo:


O tempo era uma restrição e cada hora de trabalho da equipe equivalia a um mês de desenvolvimento.

A massa do brinquedo era uma restrição para que fossem feitos os testes requeridos pela qualidade. Para que fosse feita a dinâmica providenciei para os estudantes massinha de modelar [4], balança e etiquetas.

Para maior aderência ao processo foi estabelecido o custo horário da utilização da mão-de-obra, além do custo do veículo e custo da massa que deveria ser adquirida a medida que fosse necessário. Sendo que uma premissa da empresa era que todos os fornecedores trabalhassem para que o veículo fosse o mais barato possível, entregue dentro do prazo e respeitando os requisitos dos testes, logo isto necessitaria de comunicação, organização e integração.

O instrutor também faz com que o clima, ou melhor, o ambiente de projetos e a interligação com o ambiente empresarial aparecesse, sendo assim que faz solicitações de mudanças no escopo ou no gerenciamento de tempos em tempos, além de pressão para obtenção de informações para a elaboração de relatórios que deveriam ser levados à diretoria.


Figura 7 – Teste de estabilidade é feito considerando que as rodas posteriores do carro deveriam permanecer apoiadas ao solo após a montagem da cabine que tinha massa entre 380 e 450 gramas.


Figura 8 - Teste de estabilidade é feito considerando que as rodas posteriores do carro deveriam permanecer apoiadas ao solo após a montagem da cabine que tinha massa entre 380 e 450 gramas. Teste OK!

Um exemplo foi a realização do teste de retenção, sendo que foi dada uma lixa de unhas à equipe para desgastar a trava mecânica que há na parte posterior do brinquedo os requisitos do teste e o modo de fazê-lo eram: 

Teste de abertura da caçamba posterior: a. Montando a caçamba anterior com a caçamba posterior b. Virando-a de "cabeça para baixo" c. Apoiando-a em uma superfície plana d. Efetua-se o teste.
# ABERTURA = O teste é feito utilizando 120 gramas de massa que quando colocada na parte inferior da caçamba posterior exerce peso para que seja aberta a caçamba sem que seja feito esforço externo adicional.
# CARGA DE RETENÇÃO = O teste é feito utilizando 80 gramas de massa que quando colocada na parte inferior da caçamba posterior exerce força e a caçamba posterior não poderia se abrir.

Vídeo 1 - Teste de retenção. Teste OK!

Figura 9 – Projeto final testado, pesado e certificado.

Figura 10 - Projeto final testado, pesado e certificado.

A abordagem usada neste, curto, treinamento permitiu transmitir o principal propósito de se gerenciar projetos: fazer atividades simples, rápidas e baratas. Acredito que aqueles que participaram do treinamento tenham uma visão diferenciada que lhes proporciona uma melhor administração e planejamento de ações para realização de projetos nas suas organizações.

Acredito que a questão que motivou esta abordagem tenha sido respondida positivamente, mesmo que possam e devam ser feitas adaptações e melhorias que percebi ao longo do treinamento. Após o encerramento recebi ótimas críticas e a devolutiva da equipe foi excelente para a reflexão sobre o tema.

Foi feito um check list de verificação de escopo do treinamento, sendo este o resultado:

Tabela 1 – Check list de verificação do escopo do treinamento.

Acredito que a experiência tenha sido tão rica para a equipe quanto foi para mim.


Figura 11 – Equipe de UBERABA (MG)

Os alunos foram levados para fora da sua zona de conforto, por terem sido levados a fazer coisas que não são aderentes à abordagem tradicional, todavia o que demonstraram nos simulados de aderência de conteúdo foi um resultado superior ao esperado.
"Professor, parabéns de verdade, foi muito bom esse período que esteve com a gente. Já gostava do tema, passei a gostar ainda mais. A aplicabilidade foi muito boa e os exemplos utilizados também foram ótimos."
Aluno da equipe de Uberaba (MG)
Atenciosamente, 
Prof. Leonardo DAVID, PMP

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Viva a vida: saia do automático, não se deixe entorpecer

O abrir dos olhos pela manhã, olhar pela janela e ver o sol, ouvir o som dos eletrodomésticos, o som de crianças sorrindo ou ainda sentir que a cama em que está deitado é o lugar mais aconchegante que poderia experimentar dentre quaisquer outras coisas são atividades do dia a dia que se tornam comuns a partir do momento que se deixa de percebê-las como únicas e se mergulha de cabeça nos mesmos fatos de ontem.
A nossa tendência é de viver uma repetição de coisas que nos entorpece e nos transforma em pilotos automáticos que levam os seus carros ao trabalho sem nos darmos conta do trajeto feito. No meu ponto de vista, em alguns momentos, este comportamento pode até ser bom para superarmos grandes frustrações, no entanto a busca pelo bem estar e pelo estar bem em todas as circunstâncias da vida exige mais audácia, mais comprometimento e busca pelo novo e pela percepção do comum com outro olhar, mesmo que, para reforçar a postura frente às nossas posições e interesses.
Na era do bombardeio de informações e busca de “super-humanos” que acreditam fazer muito mais que as gerações anteriores. Perdemo-nos com a inovação tecnológica que nasceu para nos favorecer e se transformou em muitos casos em uma “muleta”, fazendo com que a nossa percepção da realidade seja completamente distorcida a ponto de criar novas doenças e novos problemas.
Bem, a experiência de ver o desespero de uma pessoa quando perde o celular é surpreendente.  É como se tivesse perdido a própria identidade. É sinônimo de frustração, tristeza, quase depressão.  A pessoa se sente perdida, sem centro. Parece que está lhe faltando um pedaço. Ao reencontrá-lo vivencia uma contagiante euforia, um sentido de comunhão e reintegração com o todo.
Experimente ir ao centro da cidade a pé e atravessar uma faixa de pedestres que não está debaixo de um semáforo. Provavelmente você pensará nos motivos que levam um cidadão a nem mesmo reduzir a velocidade quando está próximo da faixa e você se queixará. Já no caso de você estar conduzindo o veículo poderá se surpreender com um gesto de agradecimento ao parar o seu carro para que a pessoa atravesse a faixa, sendo que ela não deveria fazê-lo.
É inquietante ver uma fila enorme para embarcar em um voo e pessoas que insistem em passar na frente uns dos outros pelo jeitinho, pelo mérito social de ter um cartão de crédito diferenciado, pelos pontos de milhas ou qualquer outro motivo. Mesmo sabendo que todos têm os assentos marcados e que irão para o mesmo destino na mesma aeronave. A questão é: por que alguns se afligem? Como reagem à estes estímulos? Tendem a ficar mais irritados ou aproveitam o tempo para conhecer alguma nova pessoa? São gentis com a tripulação ou reclamam do que é oferecido para beber ou comer?
O que acontece conosco, hoje, individualmente ou em grupo quando da utilização das inovações de maneira degradante ou desrespeitosa, contrariamente ao propósito básico de toda evolução que é o de nos trazer bem estar e bem comum?
Acredito que o redemoinho de respostas prontas às nossas percepções diárias assim como o enquadramento de nossas ações tendo em vista o que todo mundo tem feito, faça com que nós produzamos mais do mesmo e nos entorpeçamos com tudo isso. Receitas provavelmente não existam. Talvez existam caminhos fáceis para a fuga de si e dos outros, mas na realidade o caminho é árduo e longo na busca de melhorar a si mesmo, conhecendo se mais, e de dar alguns passos no sentido de ouvir com atenção as cores, as expressões, a temperatura e porque não os sons de cada momento, além de, viver com intensidade e respeito.
Se você permitir que eu lhe deseje algo, se é que me permite, comece se perdoando e aceitando que é limitado, escolha o que confiar a alguém e confie verdadeiramente a ponto de fechar os olhos e deixar-se cair para que esta pessoa possa te segurar, seja duro com os problemas e leve com as pessoas, reflita e não se entorpeça.
Tudo isto pode possibilitar uma leitura diferente de um novo dia em uma nova trajetória para um mundo melhor onde você encontrará bem estar e o proporcionará àqueles que lhe rodeiam. 

Obrigado Profª Cleuza Pimenta pelo incentivo e participação na redação deste pequeno texto.

Abs,
Léo

sábado, 13 de junho de 2015

Experiências


Dois livros duas experiências, todavia todos os dois me trouxeram uma reflexão interessante sobre os nossos objetivos e sobre o futuro.

Bem, recomendo a leitura, no entanto mais do que isto recomendo disciplina e calma (não velocidade) para o sucesso em momentos difíceis, assim como recomenda Jim Collins.
Abs,
Ld

domingo, 22 de março de 2015

A dádiva do reconhecimento

Após escutar o livro as 21 Irrefutáveis Leis da Liderança (John c. Maxwell) fiz uma
reflexão sobre o caminho que percorri desde que iniciei o meu trabalho a frente de uma equipe. É inevitável se deparar com momentos de extremo entusiasmo e momentos de declínio absoluto, entretanto compreender e admirar àqueles que puderam compartilhar experiências conosco é uma dádiva.

Em uma dessas experiências, muito particular, de construção de equipes de alta performance tive o prazer e a honra de incentivar, contribuir e patrocinar uma dinâmica de integração, ou Team Building, que é o termo atualmente em voga. 

Esta experiência de dois dias, em um sítio, com uma equipe de treze pessoas (me incluindo), onde foi construído o orçamento anual de uma empresa de serviços de milhões de reais na casa de dois dígitos, pôde-se contar até com um almoço feito por todos e com a inversão de papéis hierárquicos. Existiu um longo processo de preparação, incluindo a escolha correta da equipe.


Durante o processo verificou-se que, no início, todos estavam apreensivos e receosos, porém a medida que os eventos do programa iam ocorrendo estes sentimentos se transformaram em reações e comportamentos tal e qual ocorriam no dia a dia de trabalho e daí você se expõe, mostra as suas fraquezas e as suas forças, vem então o momento de conversar uns com os outros, olhar para dentro de si, se comparar com o outro e verificar que todos nós somos imperfeitos e o mais importante que cada um de nós tem características tão singulares, complementares e especiais que nos sentimos seguros e dignos de olharmos uns nos olhos dos outros e ter a certeza de que se pode confiar nesta outra pessoa, que você a aceita e que é aceito como é, porque o time e o resultado que este time pode produzir é muito, mas muito maior do que qualquer outro sozinho poderia alcançar.

Para que seja feita uma dinâmica do gênero não é necessário sofisticação, é necessário ter uma equipe que Queira, e para isto pessoas que Queiram ser melhores do que elas próprias jamais foram, além de transparência combinado com o ato de ser verdadeiro.

Tenho o hábito de agradecer sempre que posso e hoje não poderia ser diferente. Obrigado Alessandro De Zanni, Fernanda Oliveira, Flávio da Silva, Ivan Cesário, Luiz Brant, Pedro Mitraud, Reginaldo Almeida, Roni Aleixo, Carlos Eduardo, Caroline Fernanda, Graziano Maciel e  Lauriane Soares.

Muito obrigado a todos vocês por terem compartilhado comigo suas experiências. Busco incansavelmente me enriquecer de saber nesta longa jornada de aprendizado e, pelo que vivemos juntos, vocês são o exemplo de pessoa e profissional que admiro e tenho em alta estima. Me aventurando a retribuir-lhes um único conselho, que já ouvi de vocês: "Não confie no galho da árvore em que estão apoiados, lembrem-se vocês têm asas."

Fica bem!
Léo