Contato:

Contact me:

E-mail: lnrddvd@gmail.com | Linkedin: http://lnkd.in/6vpyR6 | Twitter: @lnrddvd

sábado, 24 de maio de 2014

Um momento de prazer

O que você faz para relaxar?

Talvez existam tantas respostas "padrão" que a maioria de nós normalmente aceita inúmeras "resposta correta", como: academia, caminhada, ioga, futebol, etc... ao invés de leitura.

Em algumas situações soa estranho quando ouço a minha própria voz respondendo: eu leio. É estranho perceber que esta resposta incomode aos ouvidos de quem a ouve e também aos meus ouvidos, por parecer até pedante.

Suponho que o incomodo venha do simples fato de que a leitura seja interpretada como um trabalho, isto é, um esforço e assim este "fardo" não ser completamente aceito como uma forma de prazer. 

Na minha opinião um pouco disso poderia vir pela forma como somos educados dentro em um sistema que faz com que tenhamos dificuldade de interpretar a leitura dentro das regras do nosso sistema educacional. Isto é, na minha opinião a nossa orientação é voltada para que sejamos replicadores, seguidores de procedimentos altamente produtivos e pouco instigados a criticar construtivamente as bases, as interconexões, e a buscar os por quês, isto inclui ler o que quiser.

Bem, talvez isto possa ser mais um clichê como tantos outros, porém entre várias tentativas vãs de encontrar um padrão convencional de resposta encontrei a leitura, onde posso abstrair-me dos sons e imagens ao meu redor, onde posso respirar a atmosfera de um outro ambiente imaginário, sentir que as minhas emoções viajam por outros caminhos com tanta força que quando volto à realidade sinto como se eu estivesse acordando de um sonho incrível e a sensação de poder me desconectar completamente do mundo a minha volta e me sentir dentro de outra história, de me conectar às emoções de outros personagens, de poder me permitir a dúvida dentro de outros dilemas fazem com que eu tenha momentos que poderia descrever simplesmente como "prazer".

Acredito que eu não conseguiria jamais descrever em palavras exatamente o que a leitura, hoje, significa para mim. Eu as vivo intensamente, umas mais outras menos, mas sempre as vivo. É como férias que no meu modo de ver são assim: não tenho dias de férias em um período específico do ano, eu tenho momentos de férias (de extrema qualidade e intensidade) durante vários períodos do meu dia de hoje!

Nos últimos dias vivi o livro "Não conte a ninguém" de Harlan Coben, que ganhei de minha mãe no meu último aniversário com uma dedicatória linda (fiquei muito emocionado) e esta história realmente foi de um suspense intrigante, de uma narrativa emocionante e de uma inteligência fantástica. 
"Beck ama Elizabeth, são casados e estão juntos há treze anos quando retornam ao bosque que pertence à família onde fizeram mais uma marca na velha árvore para comemorar mais uma hora do beijo ao fim da tarde: se abraçam, se beijam e vão nadar no lago, após um tempo Beck deitado no pier longe de Elizabeth começa a cochilar e escuta a porta do carro bater e Elizabeth gritar. Ele corre, porém algo muito duro e forte o acerta no estomago e na cabeça... Oito anos depois Beck está trabalhando na clinica médica sem a sua bela Elizabeth, que morreu tragicamente naquele dia." 

Dona Maga, muito obrigado pelo livro.
Te amo muito. 
Você é um dos presentes mais preciosos que Deus me deu.

Abs,
Léo

domingo, 11 de maio de 2014

Superação, Força, Garra combinados na Mulher & Mãe

   Costumo dizer que é praticamente impossível competir com uma mulher quando se trata de sua capacidade de percepção e de sua capacidade de executar multitarefas simultaneamente, todavia não é por acaso que me surpreendo com as potencialidades delas e com sua força, determinação e vontade de viver.

   Cada mulher tem a sua história de conquistas e de superação. São histórias engraçadas, tristes, cheias de surpresas e de um retorno emocional surpreendente. 




Confira este vídeo no YouTube:
http://youtu.be/iQpARMZL_jM

   Na minha opinião existem várias histórias que não chegam a ter relatos de agressões ou ataques violentos, que uma lei conseguiria proteger a mulher. Acredito, entretanto, que várias mulheres são oprimidas pelo moralismo e pelo modelo machista, velado, que existe em algumas de nossas organizações. O resultado disto em nossa sociedade é que, querendo ou não, elas se tornam fortes ou se escondem. 

   Acredito que existem tantas e tantas mulheres fortes, criativas, determinadas e capazes de superar qualquer desafio.

   Quando uma mulher, forte, se torna Mãe ela adquire uma força de vida ainda maior e se torna uma fonte de inspiração para todos a sua volta. Para perceber tudo isto, não são necessárias palavras, cartas, e-mails, entretanto você pode ver nos seus olhos a grandeza do ser humano que ela é.


   Vejo em você, minha mãe, uma guerreira incontestável, uma mulher forte, criativa e feliz. Gratidão, Afeto, Amor, tudo isto são palavras que não demonstram realmente a emoção de poder falar contigo e de estar com você, todavia tento, humildemente, traduzir o seu significado: 

       Mãe, Por você eu estou aqui
       Mãe, Por você eu pude aprender e ser quem sou
       Mãe, Por você eu posso transmitir aos meus filhos um pouco do que passou a mim
       Mãe, Por você eu posso acreditar
       Mãe, Por você eu posso sonhar!

   Como diz o pensador Gabriel de Queiroz Ribeiro:
   "Um homem sem sonhos é um homem sem vida."
       Mãe, Obrigado.



Confira este vídeo no YouTube:
http://youtu.be/kbmJrzlwrHQ

   Esta é uma pequena homenagem ã minha e ã todas as mães e mulheres.

Abs,
Léo

terça-feira, 6 de maio de 2014

Comunidade Vila Santa Rosa



Como uma pessoa determinada, criativa e de tamanha grandeza pode se dedicar dando esperança àqueles que começam uma caminhada em um novo mundo cheio de labirintos, calabouços e medo, que e o sentimento de muitos nos dias de hoje?

Há dois anos tive a honra de conhecer a Patrícia, que é a conservadora do escritório onde trabalho e desde que ela entrou no meu escritório e me perguntou se eu aceitaria ouvir algumas sugestões e eu disse que sim, muita coisa mudou: para melhor!

Ela conseguiu aplicar grande parte de suas ideias transformando o ambiente em que está inserida em um ambiente melhor e cheio de vida. Tudo fruto de observação atenta, criatividade e vontade.

Alguns exemplos de seu esforço foram:

Lixeiras de coleta seletiva: utilizando os frascos vazios dos galões de produtos químicos para limpeza do escritório, caixas de suco vazias que iriam ser jogadas no lixo, caixas de papelão que são utilizadas para trazer os produtos de limpeza, reutilização de papel das impressoras. Ela recolheu, guardou na dispensa e trabalhou pacientemente com todos estes materiais para criar o protótipo, introduzir melhorias, aprovar o seu projeto e aplicar em todas as áreas dos três andares do escritório de 1.200 m2.

Campanha solidária: recolhendo materiais que antes eram menosprezados como papel impresso, caixas de papel que vinham em alguns produtos comprados no escritório, materiais que não eram utilizados há muito tempo ela reuniu uma montanha de coisas na dispensa que quando eu vi pela primeira vez pensei que era lixo e para a minha total surpresa ela me mostrou que tudo aquilo poderia ser reutilizado de maneira criativa nas escolas e creches vizinhas, logo foi solicitada aprovação ao presidente da empresa, apoio da assistente social e de todos os empregados para auxiliarem e apoiarem o projeto.

De tempos em tempos são feitas as doações onde escolhemos algumas pessoas no escritório que vão à escola ou creche escolhida levar os produtos de doação.

Uma vez quando um colega escolhido retornou da entrega de produtos doados e me procurou para conversar ele me confessou a seguinte experiência:

“Eu nunca tinha imaginado o quanto emocionadas poderiam ficar crianças e adultos por receberem coisas que nunca pensei em reutilizar. Me emocionei e vou ligar para o meu filho de sete anos que está na Itália e dizer que eu o amo e que tudo ficará bem.”

Declaração de um dos escolhidos para participar do processo de doação.


Nos últimos tempos a Patrícia me procurou e pediu um dos meus livros emprestado. Emprestei sem muita preocupação com o que ela poderia inventar, mas eu tinha quase certeza que alguma coisa aconteceria depois que ela lesse o livro. Bem, ela me procurou há uns vinte dias atrás e me pediu para ajudá-la a escrever um texto com o objetivo de conectar a experiência descrita no livro com o seu desejo de ensinar outras pessoas da sua comunidade a fazer diferença e a dar esperança às crianças e jovens.

Topei escrever com a condição de que ela me deixasse ir a uma de suas aulas na comunidade, então o trato estava feito, logo estive na casa da Dona Antônia, mãe da Patrícia, na comunidade vila Santa Rosa.

Como a aula era à noite fiquei apreensivo em ter de ir até lá por ser um lugar desconhecido e por eu não saber o que me esperava até chegar ao meu destino. Bem, já na entrada da comunidade deixei o carro e fui acompanhado por um rapazinho pelo beco até a humilde casa da Dona Antônia e depois de chamar ao portão fui calorosamente recebido. Conheci a simpática Dona Antônia e também conheci a Professora Patrícia dando uma aula de vida a umas vinte crianças: contando histórias infantis, bíblicas e fazendo brincadeiras criativas com tampas de garrafas, bucha de Bombril, cabeça de cebola, caixa de papelão e pano preto.

Já no final da aula as crianças recebem uma folha de papel com um desenho para colorirem do lado de fora da casa no beco onde atravessam pedestres, motos, bicicletas no meio das crianças que para colorir se deitam no chão, depois de colorirem elas tomam um lanche e voltam para suas casas.


Após ter esta experiência fiquei com o coração apertado pela responsabilidade de transferir toda a emoção e vontade destas pessoas em um texto que deveria receber a aprovação da Professora Patrícia.

Durante algum tempo pensei em como fazer isto e por fim escrevi:

Um trabalho de União
O propósito de contribuir para o trabalho na comunidade é acreditar num futuro melhor para os nossos filhos, onde a dignidade, o respeito e o amor ao próximo sejam interiorizados e se transformem em ações concretas e duradouras.
Olhe para a sua mão direita. Provavelmente você teria grandes limitações em nosso mundo se não a possuísse ou ainda se lhe faltassem os dedos, cinco, quatro ou apenas um dedo. Ter a mão direita te possibilita fazer coisas que outro ser humano, desprovido do sentido da percepção da importância de tê-la, poderia fazer.
Bem, uma comunidade é composta de pessoas que se organizam sob um conjunto de regras que fazem com que o dia a dia funcione de uma maneira orgânica. Todos na comunidade tem valor, sejam crianças ou idosos, sejam homens ou mulheres, sejam negros ou brancos, logo o bem estar da comunidade tem tanta importância quanto ter uma mão e dedos.
Trabalhar pela comunidade voluntariamente traz até nós um sentimento de companheirismo, de pertencimento, de construção de vínculos e de saber que se pode fazer diferença na vida do outro. Ao doar o seu tempo você também traz um novo sentido a sua própria vida.
A dedicação ao outro não é trabalho de uma única pessoa ou de um único dia, é um trabalho de vários, um trabalho constante, de respeito ao próximo, de rompimento de barreiras e de visão de um mundo melhor.
O que realmente importa não é a quantidade, mas sim a qualidade e a intensidade com que você pode se doar. Servir ao outro sem medo tem um proposito maior para a nossa vida. Ser o personagem principal na condução de um processo de mudança na comunidade traz para você o retorno da memória daqueles que participaram do processo.
Por exemplo, quando se criam brincadeiras com crianças a partir de uma folha de papel em branco este processo de criação e trabalho da imaginação pode trazer a reflexão sobre a realidade e a cultura na qual elas estão inseridas e ao mesmo tempo questionando regras e papéis sociais, sendo você a pessoa lembrada por aquela criança como quem fez a diferença em sua vida.
Você é parte da comunidade e o nosso trabalho é construir um amanhã melhor.


O dia em que levei o texto para ela verificar e me dizer se poderia servir para os seus propósitos ela me pediu algum tempo para pensar e daí fiquei muito apreensivo e ansioso na expectativa de que pudesse ter construído alguma coisa que fosse útil.

Bem, após uns dois dias ela veio ao escritório e pediu para me falar. Daí me explicou que o texto teria significado para os seus propósitos. O que me comoveu mais em nossa conversa foi escutar dela o quanto todos nós poderíamos deixar de lamentarmos da nossa pequenez, superar as dificuldades, colocar um sorriso no rosto e fazermos algo a mais para fazer com que o nosso dia seja rico, rico de felicidade, rico de nobreza, rico de respeito. Enquanto ela falava tinha lágrimas nos olhos e um sorriso no rosto. A professora Patrícia me ensinou neste dia o quão forte e humano podemos escolher ser.

A Patrícia conquistou a minha admiração e de muitas outras pessoas.

Decidi escrever esta história para promovê-la e se possível motivar outras pessoas a refletir sobre a sua própria vida e mais do que isto conseguir de alguma forma contribuir para o seu projeto na Comunidade Vila Santa Rosa, que foi um dos projetos que pude ter o prazer e a honra de conhecer.

Deixo esta mensagem para todos que puderem de alguma forma contribuir com material didático, auxilio para o lanche das crianças, brinquedos pedagógicos, contribuições para os dias festivos, eles precisam também de um local mais adequado para as aulas, aparelhos eletrônicos como TV, DVD, filmes educativos, etc.

Em média são umas vinte e cinco crianças e adolescentes que fazem parte do projeto de três a dezessete anos de idade.

Para contribuir você pode entrar em contato direto com a Patrícia pelo e-mail patrícia.marcia74@gmail.com

A Jacqueline Christine Diretora Geral da SiaS (www.sias.com.br) e professora na FGV-BH apoia o projeto.

Abs,
Léo

Onde se localiza a comunidade:



sexta-feira, 2 de maio de 2014

Por que escrever?

Quando escrevo me sinto livre apesar de não ter nenhuma proteção, em outras palavras, me sinto nu assim como vim ao mundo.
O processo de por para fora é natural e solitário, tantas e tantas vezes ele ocorre durante a madrugada quando os pensamentos enchem a minha mente e me despertam de maneira que enquanto não pego um lápis e coloco num papel eu não consigo pegar no sono novamente. No início era uma chateação escrever dessa forma, mas com o tempo aprendi a apreciar o que produzia. Vendo o processo por outro ângulo percebi que a todo instante eu estou atrás de respostas para vários por quês assim como meus filhos fazem o tempo todo, perguntam: “Por quê?” Isto me motiva numa busca constante por conhecimento, leitura e estudo.
Por que escrever?
Um dos motivos pode ser o reconhecimento de sua importância na revolução científica ocorrida no século XVI pela a multiplicação do conhecimento com a impressão de textos. Ou talvez, simplesmente como uma pessoa querida disse-me: “Para eu ler alguém tem de que escrever, Léo”.
Após escrever espero as críticas, veladas ou abertas, construtivas ou destrutivas. Sejam elas quais forem me fazem pensar: Por que eu teria medo, se o quê posso obter ao final é um novo ponto de partida para me tornar um ser humano melhor?
Cito como exemplo um dos frutos do processo que descrevi acima: a elaboração do livro do orçamento do escritório de prestação de serviços de engenharia, um documento de duzentos e quatro páginas que pude escrever em Italiano.

Este trabalho contem dados e fatos da última década do segmento de prestação de serviços de engenharia no Brasil, análise do cenário macroeconômico atual com a construção de previsões pessimista, prudente e otimista, análise de recursos humanos, análise de fornecedores de serviços, modelos matemáticos de precificação de serviços, análise de concorrentes, projeções de receita, descrição do plano estratégico e do modelo de negócios, construção das iniciativas dos programas e projetos, análise financeira comparativa entre cenários dentro do portfólio, além de outras informações. 

Não tanto por eu ter escrito diretamente em outro idioma, mas a satisfação de saber que o trabalho foi discutido plenamente e aprovado pela direção Brasil e na oportunidade em que estive na Itália, no início de 2014, também foi aprovado pela direção da matriz Italiana. O conteúdo detalhado deste trabalho, como é de se esperar, é restrito à empresa e posso, aqui, somente deixar o registro de que as conexões feitas fizeram e fazem com que não só eu, mas toda a equipe de profissionais da área vejam as coisas como elas realmente são, isentas de “achismos não discutidos”, ou seja, às claras. Todos que leram o texto puderam criticá-lo, reorganizar as ideias, criar e recriar, logo o processo é vivo, consistente e sólido. 


Bem, reuni os meus rascunhos, ideias, provas práticas, resultados obtidos, fatos históricos, análise de mercado e coloquei tudo junto para conceber um material de base de um trabalho longo que espero ser o meu legado para a equipe e para o futuro da companhia.



Durante os últimos anos, em que estou dirigindo uma organização como a que estou inserido, pude apresentar propostas para o processo de tomada de decisão que criaram valor para o acionista, atenderam às expectativas dos clientes e ligaram as operações (funcionários e fornecedores) ao todo.
Uma de minhas frases preferidas quando penso neste trabalho é:

“Quem se apaixona pela prática sem a teoria é como um timoneiro, que ao embarcar em um navio, sabe como ir embora, mas não sabe aonde vai chegar.”
Leonardo Da Vinci, Século XV.

Meu amigo Oldemar, muito obrigado pelo presente (este belíssimo trabalho de impressão, encadernação e imagem). Fora um dos melhores presentes que já recebera! 

Abs,
Léo