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domingo, 7 de dezembro de 2014

A nobre arte de ensinar

Pegando um gancho no artigo: "Órfãos da profissão" de Claudio de Moura Castro (economista), escrito para VEJA desta semana, onde a questão central é: "Como reclamar que trabalham mal, se não tiveram chance de aprender certo?" e o mesmo propõe que o trabalhar bem seria: Conhecer, dominar e ter orgulho da profissão. Possuir e usar as ferramentas e técnicas certas. Preparar-se de forma a facilitar o seu trabalho. Ser assíduo, fazer as suas atividades com qualidade e ser impiedoso com o seu próprio desempenho. Cumprir com dedicação as suas obrigações assumidas (horários, orçamentos etc.). A nobre arte de ensinar é uma responsabilidade enorme perante o outro de modo que este possa usufruir do conhecimento adquirido para avançar em sua vida profissional e pessoal de forma correta, aumentando a sua produtividade e sendo sério.
O conhecimento é uma construção cultural e que a escola tem um comprometimento político, de caráter ao mesmo tempo conservador e inovador. Inicia com uma visão sobre o conhecimento para a seguir rebater a ideia de que o conhecimento seja uma "descoberta”, em continuação, volta sua atenção para a escola e suas práticas, enfatizando o sentido social do trabalho pedagógico e acenando com a posibilidade do conhecimento como uma ferramenta da liberdade e o poder de convivência entre iguais. (Mario S. Cortella)
Poder lecionar me faz estar junto das angustias e expectativas de pessoas que no primeiro momento chamo de aluno, num segundo momento chamo de colega e quiça poderei um dia chamar de amigo. Reuno dados, leio livros, releio artigos, recupero da memória eventos profissionais positivos e negativos, os estudo como um cirurgião faz com um corpo aberto sobre uma mesa esperando uma intervenção precisa, direta, fria e silenciosa. Então me coloco em ângulos diferentes: próximo e distante das minhas experiências, as critico e as transformo de modo que posso levá-las de um mundo teórico quase utópico para colocá-las no patamar de nossa realidade, da realidade do meu aluno, desafiando o outro a assumir a autoria da sua própria existência assim como eu assumo a minha própria.

Daí vem a ideia e a ação de mapear e conhecer a turma, o que permite criar um método aderente à esta realidade. A seguir se encontra o mapa da minha primeira turma:

Pela logosofia ao dar a conhecer seus ensinamentos, ela manifesta que existe uma imensidão desconhecida para o homem, na qual se deve penetrar. Dá a conhecer, além disso, que enquanto se interna essa imensidão que é a sabedoria, isto é, enquanto aprende, pode também ensinar, porque a arte de ensinar consiste em começar ensinando primeiro a si mesmo, ou, dito de outro modo, enquanto de uma parte o ser aprende, aplica de outra esse conhecimento a si mesmo e, ensinando a si mesmo, sabe depois como ensinar aos demais com eficiência. (Por Carlos Bernardo G. Pecoteche)
Realmente a sensação de estar aquém da missão de lecionar é inquietante. No entanto a busca pelo novo, pelo inusitado, pelo conhecimento, de sentir que é possível canalizar o aprendizado prático de anos de profissão em ações teóricas positivas e construtivas fazendo com que o sentimento mútuo de crescimento, aluno e professor, seja nobre, dito de outro modo, que o sentimento de estar envolvido, aberto às críticas e pronto para ouvir com atenção a tudo o que lhe é dirigido sem julgar, sem diminuir é uma relação engrandecedora. Lembro-me então de Mario Sérgio Cortella quando comenta: "A vida é muito curta para ser pequena”.
A criação de um grupo de discussão da turma e a elaboração de um blog aberto ao público foi uma das maneiras de abrir o “peito:” a todos os comentários favoráveis e a todo o tipo de crítica e ideias possíveis, não se limitando somente à sala de aula, além disso, manter o espírito alerta para um modo aberto e franco de troca impulsiona para uma caminhada firme. Cito, portanto Fernando Pessoa: "O poeta é um fingidor ele finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente".
Lya Luft escreve a oração da nau à deriva em seu artigo, que me inspira: “Senhor, neste mar indeciso e muitas vezes encapelado em que estou perdido, dá-me alguma certeza de que existe uma rota firme e fixa, de que o trajeto correto é possível e de que no fim desse nevoeiro me espera uma luz positiva, uma luz boa, não apenas promessas e palavras vãs, mas realidades necessárias para que eu sobreviva com minha preciosa carga humana, moral e material”.
Por mais que nos encontremos perdidos em algum momento e que tenhamos uma intuição ou uma força interior que nos indique uma direção é necessário vislumbrar um objetivo e um porto seguro, logo desenhar ações voltadas a este objetivo desde o planejamento e constantemente lembrá-lo, procedendo assim no desenvolver da disciplina foi forjado o conceito de que: "o aluno, ao fim do curso, será capaz de compreender os conceitos gerais de análise de viabilidade e integração de projetos aproximando a teoria e a prática". Nem tanto o quê, nem tanto o como, mas certamente o porquê, logo "Porque proporcionar uma melhor administração e planejamento de ações para realização de projetos nas organizações é o que se espera deste profissional." Nenhum vento é favorável para aquele que não sabe aonde quer chegar (Roberto Crema).
A experiência de ser chamado Professor Leonardo, foi ímpar e tudo o que posso demonstrar por isto é respeito. Construir uma carreira sólida e baseada em valores justos não é fácil e ninguém disse que o seria, no entanto nem no meu sonho mais otimista eu poderia me imaginar lecionando e curtindo esta experiência sem ter “cabelos brancos”. Bem, não sei o que me espera, mas como diz Benjamin Taubkin: As vezes a gente está condenado a ser feliz!
Gostaria de agradecer profundamente a minha amada Aline pela paciência, pela paz que me proporciona e pelo carinho, agradeço ao Henrique e à Ana por me ajudarem com perguntas simples e claras que crianças fariam e não nós adultos. Gostaria de agradecer também à minha super amiga Pricila Frade por ter me empurrado do penhasco, ao Ricardo Friche pelo apoio. Marcia, Claudia e Daiane obrigado pela acolhida e orientação.

“Tudo um dia será nada e esse nada será o tudo que tanto procuramos encontrar.”  Paulo de Tarso.


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Será que existe algum segredo para ter os seus sonhos atendidos?

   Por mais que eu estude percebo que esta é uma questão tão antiga como andar para frente, não só ter os sonhos atendidos, mas também ter clareza do sonho que completa a sua existência e a sua alma. Escrevi dois textos  "Carreira sucesso e qualidade de vida" & "Eu quero crescer" há algum tempo atrás relacionados ao tema e retomo o assunto por outro ponto de vista: como posso ter um sonho atendido se não tenho a certeza do que é valor para mim?

   Deixar de ir a uma reunião importante com pessoas importantes para ir à apresentação do seu filho na escola pode ser uma decisão muito difícil de tomar porque você será criticado independente da sua escolha, entretanto qual é aquela que te deixará em paz consigo mesmo?
A busca por poder, sucesso, autoridade, dinheiro, ou melhor, crescer na hierarquia da empresa ou na hierarquia social te proporcionará a realização dos sonhos que sonhou ou te fará se comparar àquele cachorro que tenta morder o pneu do carro e quando o carro pára não sabe o que deve fazer?

  Devo agradecer imensamente aos meus pais pelo esforço que fizeram para me proporcionar aprendizado digno e por se esforçarem tanto para me ensinar a simplicidade e valores tão nobres como o respeito à vida.

   Eu fiz dois juramentos em minha vida que são tão importantes e coerentes com o propósito ensinado pelos meus pais que atualmente me fizeram refletir sobre os meus tantos erros e sobre o meu futuro incerto. Um foi em 1997:
"Prometo, diante de Deus e dos homens exercer com honra e dignidade a nobre profissão de Técnico Industrial. Que o trabalho, a eficiência e a honestidade permaneçam como inspiração em nossa vida profissional, para que sejam nosso nome e nossa arte respeitados entre os homens."
Outro foi em 2003:
"Juro que, no cumprimento do dever de engenheiro mecânico, empregarei a ciência com dignidade, dinamismo e respeito, participando com amor e empenho nas grandes e pequenas obras, não me deixando cegar pelo brilho excessivo da tecnologia, nem me esquecendo de que a opção de trabalho se fará a partir da visão de justiça e ética que em mim se fizer presente; defenderei a natureza procurando projetar ou construir com critério e segurança, evitando a destruição da plenitude do equilíbrio ecológico; colocarei então meu conhecimento científico voltado para o desenvolvimento e bem-estar da humanidade; assim sendo, estarei em paz comigo e com Deus."
   Pai e mãe, tudo o que sou hoje é por honra e mérito de vocês. Ainda tenho muito a aprender, no entanto é verdade o que me disseram há tempos: “Você saberá do que estamos falando quando você se tornar pai”.


Desculpem-me por ter demorado a compreender com profundidade o real significado destas palavras. Gostaria de ter para com os meus filhos a firmeza, a coragem e a força que vocês tiveram ao tentar me ensinar valores tão importantes, mesmo sem nunca terem a certeza de que eu algum dia aprenderia.

   Devemos tomar decisões difíceis em nossas vidas e seguramente os nossos valores e princípios nos nortearão em nossas escolhas. Em certos momentos parece que eu estou abrindo um armário velho e pegando aquelas fotografias de pessoas que já morreram e que ninguém (nem mesmo Deus) tem o direito de olhar para elas, quiçá tirar a poeira da capa, e me sinto só, vazio e em um lugar completamente desprovido de luz.

   Busco no silêncio dos meus pensamentos a paz, em seguida busco recuperar a forma mais primária que eu poderia conceber de mim mesmo e neste momento a minha vida se torna simples. Assim a minha chama interior se reascende e consigo ler os meus princípios e valores que estão ali diante dos meus olhos escritos em uma parede de rocha:
  • Honra e dignidade.
  • Que o trabalho, a eficiência e a honestidade permaneçam como inspiração para a minha vida.
  • Meu nome e minha arte respeitados.
  • Dignidade, dinamismo e respeito.
  • Não me deixando cegar pelo brilho excessivo.
  • O trabalho se fará a partir da visão de justiça e ética.
  • A plenitude do equilíbrio.
  • Voltado para o bem-estar da humanidade.
  • Estarei em paz comigo e com Deus.
   E neste momento a minha vida se torna plena, além de simples. Ainda não descobri a resposta para a questão levantada neste artigo, mas eu fiz um juramento e tenho a firme intenção de continuar respeitando-o, além de respeitar o esforço que os meus pais fizeram por mim.

Fiquei com uma frase na cabeça nos últimos dias:

“Mares tranquilos não produzem bons marinheiros!” 
Fonte desconhecida.

   

Seguramente não será fácil, todavia eu sonho:
"Que o mar por onde trafegarei jamais seja tranquilo a ponto de me tornar um mau marinheiro e que não seja tão agitado a ponto de me impedir de ler o que está escrito na rocha.

Fica bem!

Léo


sábado, 4 de outubro de 2014

What`s more important for you?

Life is changing all the time and you should have so many choices every minute, but each of your choices is a reflection of your internal values.

I have a friend since 2011 that`s taught me some important things, his name is Ian Reid. 
The first thing that he tried teaching me was not to be so worried about appearance. I traveled abroad to the USA and in my mind I have had some ideas about the people, about the goods and about richness, but what I saw surprised me because was completely different than what I imagined. I saw people like us, people who are open mind, people who worry about other people, I saw simplicity.

Every day you choose your destiny, you choose if you will be a winner or how you will survive, but what does it all mean?

You can be a rich person on the outside or inside - you can have a lot of things to show other people that you are an important person or you could improve your soul to do more for other people, respecting your pace and respecting the others pace.

Doing something for another person is not a big deal, and you could do it by doing little things that are no less important, like:
  • look in the person eyes while you are talking or listening
  • stop your car and wait while people are crossing the street
  • not litter (throw garbage away outside of trash cans)
  • pick garbage up even if it was not you that put it in the wrong place
  • respect other people’s mood
  • respect your time as well as other people’s time
  • remember that the world does not revolve around you

My friend works with children and to do his job is much important see life like a gift.

The relationship is based in respect. Sometimes your career`s dream is growth. Sometimes you don`t really know where you will stop and you aren’t sure if you can believe your dream is legitimate; but when you think about putting it into practice to achieve your targets and growth you need to remember that increasing your appearance to show that you are developing like a rocket isn`t a good thing if you do not grow in your relationship.
“Simply, if you are not authentic, if you are not  respectful to others and to society, you have not pace, integrity, respect to yourself when you’ll achieve your targets, if you arrive there.”
Do you think about your mood for today? Be patient, don`t be anxious all the time, see your day like a gift...

I`ll explain a little bit more about my friend job (using his words):

“I work at a preschool and high school. Right now I have a few more than 55 students. I see each one at least once a week for half an hour. We practice different skills, then it’s up to them and their teachers to continue with those skills while I am gone. 
Here’s part of my last Monday morning, I work with moderate to severely disabled preschoolers then. They are all 3-5 years old. I have several autistic children that are still learning language, or even basic cause and effect or joint attention. If a child has difficulty with basic cause and effect, I might spend half an hour offering bubbles and waiting for them to say buh once to give them bubbles five times. The rest of that time is spent encouraging them to have some communicative intent. Another is echolalic. They won’t answer any questions, but will instead repeat back the last portion of a sentence for whatever I said. It’s actually a good thing, because it eventually develops into language. Another student has the idea to act like a baby because it is a well defined social role, so I have to use a social story to explain that acting like a baby is not appropriate, and it is more appropriate to act like a student because it will make other people happy (it really is a propaganda story). Another student has severe cerebral palsy and has to stay in a wheelchair.
After a year of work, they finally have enough motor coordination to say two words in a row. I tested another student with a syndrome that caused a cleft lip and palate (that has now been repaired) who is having difficulty with closing her velopharyngeal port (what connects the oro and nasopharynx, so the airflow in the throat as it extends above the mouth into the nose). This causes nasal speech. She also had a variety of sounds she made substitutions because she had some mislearning before her cleft palate was repaired.   
..... I am also lucky because I work with high school students. I am able to see what being in the system and working on their goals, skills, and abilities is able to accomplish. Students who are still moderate severe are in a vocational/work program. They teach students to work on basic lifestyle and household skills so that they can be independent as possible. They are also taught to take the school bus, work for a store for an hour or two, and take the bus back to school 1 to 3 times a week. They are allowed to stay in the program until they are 22. I have now worked at the high school for 3 years and have been able to see 2 years of graduates transition from the high school into work programs for adults with disabilities. 
There are also other options for students in the mild-moderate program. They are more focused on academics, but taught at a slower rate (so students are taught algebra over 2 years instead of 1). They are able to go to a program once they graduate at a community college so that they can be guided and work while they are taking college classes. I still run into a student who graduated from my first year working at the high school and is almost done with community college and is now preparing to transfer to a university next year. 
I know that when I am working with students that are young, progress is slow and very difficult for even the basics that most people take for granted. I know that from these basic skills, they will be able to keep growing and keep improving themselves so that they have choices for what to do in life, no matter how severe their disability.Ian Reid
How can someone choose to do that? I really know that`s a beautiful choice. He choose every day like a gift and he does his best all the time.

We choose our life thinking ONLY in money or could we choose our destiny based on other values to?

What you will teach for your son?

What they will think about your past life?
 
Good things happen to you when you take care of people, not things!

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A culpa é das estrelas

Ter a experiência de ser pai e poder pensar sobre a vida é extraordinariamente especial e tocante. Esta semana com meu filho tive uma experiência muito construtiva.

 Meu filho: "Papai, o que é que podemos fazer para ter um mundo melhor ?"

 Eu: "Manter firmes os seus princípios éticos e não abrir mão deles por mais balas que alguém possa te oferecer."

É claro que ele não compreendeu bem o que eu quiz dizer, embora eu acredite que para o meu filho eu devo fazer sempre o meu melhor. Bem, espero que em algum momento da vida dele isto possa de alguma forma fazer diferença.
                                               Clique aqui!

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Caordismo

Caórdico adj. [Caos + Ordem]


1.      Comportamento de qualquer organismo, organização ou sistema autogovernado que combine harmoniosamente características de ordem e caos.
2.      Disposto de maneira a não ser dominado nem pelo caos nem pela ordem.

Característica dos princípios organizadores fundamentais da evolução e da natureza.”

Quando falo de caórdico me lembro do show do grupo CHORANDO AS PITANGAS, veja video a seguir:


Quando tive a oportunidade de escutar o chorinho e compreender que se improvisam acordes constantemente sobre uma hierarquia musical, que pode servir de analogia para a definição de princípios de base para construções diferentes modelos em organizações, comecei a admirar a capacidade destes músicos em produzir obras primas.

A partir desta visão procuro assimilar novos conceitos e construir competências que podem ser aplicados nas organizações criando novas possibilidades. Quando falo de competência sigo um princípio que aprendi já há algum tempo do professor Mario Sergio Cortella:

A minha competência termina onde termina a competência do outro, logo construir competência não deve ser um fato isolado de uma única pessoa, mas uma construção maior.

É incrível acreditar na capacidade que o outro tem de produzir coisas surpreendentes.

"Tudo o que você pode fazer ou sonha que pode, comece. A ousadia contém gênio, poder e magia."
Goethe, o poeta, filósofo e cientista alémão.
 Leia a resenha do livro (clique aqui)

Abs,
Léo

terça-feira, 8 de julho de 2014

Gestão Estratégica

Há alguns meses atrás tive o prazer de comentar com meus colegas do MBA a cerda do trabalho de construção da missão, visão e valores da empresa onde atuo, houve adesão e integração de grande parte da equipe, mesmo porque não foram impostos, mas sim construído em conjunto com eles.
Bem, na época em que trabalhei junto com a minha equipe para construir um propósito coerente com os planos de negócio da companhia utilizei como base um vasto material técnico, pesquisas e uma filosofia muito aderente ao corpo central do livro os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes. Até hoje, após cerca de dois anos e meio, pode-se sentir em várias pessoas o efeito e os benefícios deste trabalho. Além disso, pude verificar que por mais que este trabalho fora concluído ele constantemente recebe várias criticas e estas críticas não só são construtivas como também fortificam-no. Certificando de que este fora e é o melhor caminho (em um contexto específico) para se manter o equilíbrio dos quatro pilares fundamentais: funcionários, fornecedores, clientes e o acionista.
Posso dizer que o processo é rico e produz resultados práticos. Como se não bastasse procuro investir tempo para levantar novas questões e repensar antigas decisões e em um recente estudo tive a atenção voltada para um aspecto que talvez eu devesse ter mencionado lá quando atrás em meus comentários com os colegas do MBA, cito DEE HOCK (fundador e CEO Emérito, VISA):
" Como a força e a realidade de qualquer organização reside no senso de comunidade das pessoas que foram atraídas para ela, seu sucessos têm muito mais relação com a clareza do propósito compartilhado, com princípios comuns e com a força da crença nesse propósito e nesses princípios do que com dinheiro, bens materiais ou práticas de administração, por mais importantes que sejam. Quando uma organização perde sua visão, seus princípios, seu senso de comunidade, seu significado e seus valores, já está em processo de decadência e dissolução, mesmo que mantenha por algum tempo a aparência externa de sucesso. Os negócios, assim como as nações, raças e tribos, se extinguem não quando malogram ou são suprimidos, mas quando perdem o entusiasmo e a esperança em relação ou futuro. "
Espero que você possa tirar tanto proveito quanto eu tirei e tiro da reflexão sobre este tema.
Abs,
Léo

Filme Transformers - A era da extinção

Assisti a pré-estreia do filme: Transformers - A era da extinção e gostei muito de todos os efeitos. Particularmente sou fascinado pelos Trasnformers e vi todos os filmes desta franquia até agora, bem eles me envolvem muito. Apesar de todas as críticas negativas de especialistas em relação à direção, ao tempo (2:35h) e em relação ao enredo. Eu não me decepcionei, pois era mais ou menos o que esperava encontrar: Muitos efeitos especiais, muita lata amassada e destruição.

Duas coisas me chamaram particularmente a atenção nesta última edição do filme: por mais que sempre exista um apelo pelo nacionalismo americano em vários filmes, não senti a forte resposta americana como os salvadores do mundo. Um outro evento que me chamou a atenção foi o aparecimento da China e de um robô Samurai, inclusive com algumas falas ligadas ao espírito da sabedoria e coisas parecidas.

Foi a primeira vez que assisto um filme num cinema 3D (fui ao Metropolitan na sala 3D Extreme), fiquei abismado com a qualidade e com as emoções que nos envolvem esta tecnologia.

Se você gosta do gênero eu recomendo.

abs,
Léo


domingo, 29 de junho de 2014

Leitura do livro INFERNO de DAN BROWN

Em uma das viagens que fiz à Torino, Itália, cai mais uma vez na tentação de comprar um livro e aquele que me chamou a atenção na época foi o livro INFERNO de DAN BROWN. O li e gostei muito,  este foi mais um livro lido em lingua estrangeira o que me faz me sentir alfabetizado, me sinto mais vivo em minha caminhada pela excelência. Bem, para que eu não seja mal interpretado gostaria de citar um comentário da Lya Luft, que concordo em cheio:
"Quando falo em excelência, não me refiro a ser o melhor de todos, ideia que me parece arrogante e tola. Nada pior do que um arrogante bobo, o tipo que chega a uma reunião, seja festa, seja trabalho, e já começa achando todos os demais idiotas. Nada mais patético do que aquele que se pensa ou se deseja sempre o primeirão da classe, da turma, do trabalho, do bairro, do mundo, quem sabe? Talento e discrição fazem uma combinação ótima."
Acredito que me atinge atualmente possa ser retratado em um artigo publicado na revista VEJA do início de Junho deste ano. (Leia crítica de VEJA | Analfabeto Voluntário)
Abs,
Léo

sábado, 24 de maio de 2014

Um momento de prazer

O que você faz para relaxar?

Talvez existam tantas respostas "padrão" que a maioria de nós normalmente aceita inúmeras "resposta correta", como: academia, caminhada, ioga, futebol, etc... ao invés de leitura.

Em algumas situações soa estranho quando ouço a minha própria voz respondendo: eu leio. É estranho perceber que esta resposta incomode aos ouvidos de quem a ouve e também aos meus ouvidos, por parecer até pedante.

Suponho que o incomodo venha do simples fato de que a leitura seja interpretada como um trabalho, isto é, um esforço e assim este "fardo" não ser completamente aceito como uma forma de prazer. 

Na minha opinião um pouco disso poderia vir pela forma como somos educados dentro em um sistema que faz com que tenhamos dificuldade de interpretar a leitura dentro das regras do nosso sistema educacional. Isto é, na minha opinião a nossa orientação é voltada para que sejamos replicadores, seguidores de procedimentos altamente produtivos e pouco instigados a criticar construtivamente as bases, as interconexões, e a buscar os por quês, isto inclui ler o que quiser.

Bem, talvez isto possa ser mais um clichê como tantos outros, porém entre várias tentativas vãs de encontrar um padrão convencional de resposta encontrei a leitura, onde posso abstrair-me dos sons e imagens ao meu redor, onde posso respirar a atmosfera de um outro ambiente imaginário, sentir que as minhas emoções viajam por outros caminhos com tanta força que quando volto à realidade sinto como se eu estivesse acordando de um sonho incrível e a sensação de poder me desconectar completamente do mundo a minha volta e me sentir dentro de outra história, de me conectar às emoções de outros personagens, de poder me permitir a dúvida dentro de outros dilemas fazem com que eu tenha momentos que poderia descrever simplesmente como "prazer".

Acredito que eu não conseguiria jamais descrever em palavras exatamente o que a leitura, hoje, significa para mim. Eu as vivo intensamente, umas mais outras menos, mas sempre as vivo. É como férias que no meu modo de ver são assim: não tenho dias de férias em um período específico do ano, eu tenho momentos de férias (de extrema qualidade e intensidade) durante vários períodos do meu dia de hoje!

Nos últimos dias vivi o livro "Não conte a ninguém" de Harlan Coben, que ganhei de minha mãe no meu último aniversário com uma dedicatória linda (fiquei muito emocionado) e esta história realmente foi de um suspense intrigante, de uma narrativa emocionante e de uma inteligência fantástica. 
"Beck ama Elizabeth, são casados e estão juntos há treze anos quando retornam ao bosque que pertence à família onde fizeram mais uma marca na velha árvore para comemorar mais uma hora do beijo ao fim da tarde: se abraçam, se beijam e vão nadar no lago, após um tempo Beck deitado no pier longe de Elizabeth começa a cochilar e escuta a porta do carro bater e Elizabeth gritar. Ele corre, porém algo muito duro e forte o acerta no estomago e na cabeça... Oito anos depois Beck está trabalhando na clinica médica sem a sua bela Elizabeth, que morreu tragicamente naquele dia." 

Dona Maga, muito obrigado pelo livro.
Te amo muito. 
Você é um dos presentes mais preciosos que Deus me deu.

Abs,
Léo

domingo, 11 de maio de 2014

Superação, Força, Garra combinados na Mulher & Mãe

   Costumo dizer que é praticamente impossível competir com uma mulher quando se trata de sua capacidade de percepção e de sua capacidade de executar multitarefas simultaneamente, todavia não é por acaso que me surpreendo com as potencialidades delas e com sua força, determinação e vontade de viver.

   Cada mulher tem a sua história de conquistas e de superação. São histórias engraçadas, tristes, cheias de surpresas e de um retorno emocional surpreendente. 




Confira este vídeo no YouTube:
http://youtu.be/iQpARMZL_jM

   Na minha opinião existem várias histórias que não chegam a ter relatos de agressões ou ataques violentos, que uma lei conseguiria proteger a mulher. Acredito, entretanto, que várias mulheres são oprimidas pelo moralismo e pelo modelo machista, velado, que existe em algumas de nossas organizações. O resultado disto em nossa sociedade é que, querendo ou não, elas se tornam fortes ou se escondem. 

   Acredito que existem tantas e tantas mulheres fortes, criativas, determinadas e capazes de superar qualquer desafio.

   Quando uma mulher, forte, se torna Mãe ela adquire uma força de vida ainda maior e se torna uma fonte de inspiração para todos a sua volta. Para perceber tudo isto, não são necessárias palavras, cartas, e-mails, entretanto você pode ver nos seus olhos a grandeza do ser humano que ela é.


   Vejo em você, minha mãe, uma guerreira incontestável, uma mulher forte, criativa e feliz. Gratidão, Afeto, Amor, tudo isto são palavras que não demonstram realmente a emoção de poder falar contigo e de estar com você, todavia tento, humildemente, traduzir o seu significado: 

       Mãe, Por você eu estou aqui
       Mãe, Por você eu pude aprender e ser quem sou
       Mãe, Por você eu posso transmitir aos meus filhos um pouco do que passou a mim
       Mãe, Por você eu posso acreditar
       Mãe, Por você eu posso sonhar!

   Como diz o pensador Gabriel de Queiroz Ribeiro:
   "Um homem sem sonhos é um homem sem vida."
       Mãe, Obrigado.



Confira este vídeo no YouTube:
http://youtu.be/kbmJrzlwrHQ

   Esta é uma pequena homenagem ã minha e ã todas as mães e mulheres.

Abs,
Léo

terça-feira, 6 de maio de 2014

Comunidade Vila Santa Rosa



Como uma pessoa determinada, criativa e de tamanha grandeza pode se dedicar dando esperança àqueles que começam uma caminhada em um novo mundo cheio de labirintos, calabouços e medo, que e o sentimento de muitos nos dias de hoje?

Há dois anos tive a honra de conhecer a Patrícia, que é a conservadora do escritório onde trabalho e desde que ela entrou no meu escritório e me perguntou se eu aceitaria ouvir algumas sugestões e eu disse que sim, muita coisa mudou: para melhor!

Ela conseguiu aplicar grande parte de suas ideias transformando o ambiente em que está inserida em um ambiente melhor e cheio de vida. Tudo fruto de observação atenta, criatividade e vontade.

Alguns exemplos de seu esforço foram:

Lixeiras de coleta seletiva: utilizando os frascos vazios dos galões de produtos químicos para limpeza do escritório, caixas de suco vazias que iriam ser jogadas no lixo, caixas de papelão que são utilizadas para trazer os produtos de limpeza, reutilização de papel das impressoras. Ela recolheu, guardou na dispensa e trabalhou pacientemente com todos estes materiais para criar o protótipo, introduzir melhorias, aprovar o seu projeto e aplicar em todas as áreas dos três andares do escritório de 1.200 m2.

Campanha solidária: recolhendo materiais que antes eram menosprezados como papel impresso, caixas de papel que vinham em alguns produtos comprados no escritório, materiais que não eram utilizados há muito tempo ela reuniu uma montanha de coisas na dispensa que quando eu vi pela primeira vez pensei que era lixo e para a minha total surpresa ela me mostrou que tudo aquilo poderia ser reutilizado de maneira criativa nas escolas e creches vizinhas, logo foi solicitada aprovação ao presidente da empresa, apoio da assistente social e de todos os empregados para auxiliarem e apoiarem o projeto.

De tempos em tempos são feitas as doações onde escolhemos algumas pessoas no escritório que vão à escola ou creche escolhida levar os produtos de doação.

Uma vez quando um colega escolhido retornou da entrega de produtos doados e me procurou para conversar ele me confessou a seguinte experiência:

“Eu nunca tinha imaginado o quanto emocionadas poderiam ficar crianças e adultos por receberem coisas que nunca pensei em reutilizar. Me emocionei e vou ligar para o meu filho de sete anos que está na Itália e dizer que eu o amo e que tudo ficará bem.”

Declaração de um dos escolhidos para participar do processo de doação.


Nos últimos tempos a Patrícia me procurou e pediu um dos meus livros emprestado. Emprestei sem muita preocupação com o que ela poderia inventar, mas eu tinha quase certeza que alguma coisa aconteceria depois que ela lesse o livro. Bem, ela me procurou há uns vinte dias atrás e me pediu para ajudá-la a escrever um texto com o objetivo de conectar a experiência descrita no livro com o seu desejo de ensinar outras pessoas da sua comunidade a fazer diferença e a dar esperança às crianças e jovens.

Topei escrever com a condição de que ela me deixasse ir a uma de suas aulas na comunidade, então o trato estava feito, logo estive na casa da Dona Antônia, mãe da Patrícia, na comunidade vila Santa Rosa.

Como a aula era à noite fiquei apreensivo em ter de ir até lá por ser um lugar desconhecido e por eu não saber o que me esperava até chegar ao meu destino. Bem, já na entrada da comunidade deixei o carro e fui acompanhado por um rapazinho pelo beco até a humilde casa da Dona Antônia e depois de chamar ao portão fui calorosamente recebido. Conheci a simpática Dona Antônia e também conheci a Professora Patrícia dando uma aula de vida a umas vinte crianças: contando histórias infantis, bíblicas e fazendo brincadeiras criativas com tampas de garrafas, bucha de Bombril, cabeça de cebola, caixa de papelão e pano preto.

Já no final da aula as crianças recebem uma folha de papel com um desenho para colorirem do lado de fora da casa no beco onde atravessam pedestres, motos, bicicletas no meio das crianças que para colorir se deitam no chão, depois de colorirem elas tomam um lanche e voltam para suas casas.


Após ter esta experiência fiquei com o coração apertado pela responsabilidade de transferir toda a emoção e vontade destas pessoas em um texto que deveria receber a aprovação da Professora Patrícia.

Durante algum tempo pensei em como fazer isto e por fim escrevi:

Um trabalho de União
O propósito de contribuir para o trabalho na comunidade é acreditar num futuro melhor para os nossos filhos, onde a dignidade, o respeito e o amor ao próximo sejam interiorizados e se transformem em ações concretas e duradouras.
Olhe para a sua mão direita. Provavelmente você teria grandes limitações em nosso mundo se não a possuísse ou ainda se lhe faltassem os dedos, cinco, quatro ou apenas um dedo. Ter a mão direita te possibilita fazer coisas que outro ser humano, desprovido do sentido da percepção da importância de tê-la, poderia fazer.
Bem, uma comunidade é composta de pessoas que se organizam sob um conjunto de regras que fazem com que o dia a dia funcione de uma maneira orgânica. Todos na comunidade tem valor, sejam crianças ou idosos, sejam homens ou mulheres, sejam negros ou brancos, logo o bem estar da comunidade tem tanta importância quanto ter uma mão e dedos.
Trabalhar pela comunidade voluntariamente traz até nós um sentimento de companheirismo, de pertencimento, de construção de vínculos e de saber que se pode fazer diferença na vida do outro. Ao doar o seu tempo você também traz um novo sentido a sua própria vida.
A dedicação ao outro não é trabalho de uma única pessoa ou de um único dia, é um trabalho de vários, um trabalho constante, de respeito ao próximo, de rompimento de barreiras e de visão de um mundo melhor.
O que realmente importa não é a quantidade, mas sim a qualidade e a intensidade com que você pode se doar. Servir ao outro sem medo tem um proposito maior para a nossa vida. Ser o personagem principal na condução de um processo de mudança na comunidade traz para você o retorno da memória daqueles que participaram do processo.
Por exemplo, quando se criam brincadeiras com crianças a partir de uma folha de papel em branco este processo de criação e trabalho da imaginação pode trazer a reflexão sobre a realidade e a cultura na qual elas estão inseridas e ao mesmo tempo questionando regras e papéis sociais, sendo você a pessoa lembrada por aquela criança como quem fez a diferença em sua vida.
Você é parte da comunidade e o nosso trabalho é construir um amanhã melhor.


O dia em que levei o texto para ela verificar e me dizer se poderia servir para os seus propósitos ela me pediu algum tempo para pensar e daí fiquei muito apreensivo e ansioso na expectativa de que pudesse ter construído alguma coisa que fosse útil.

Bem, após uns dois dias ela veio ao escritório e pediu para me falar. Daí me explicou que o texto teria significado para os seus propósitos. O que me comoveu mais em nossa conversa foi escutar dela o quanto todos nós poderíamos deixar de lamentarmos da nossa pequenez, superar as dificuldades, colocar um sorriso no rosto e fazermos algo a mais para fazer com que o nosso dia seja rico, rico de felicidade, rico de nobreza, rico de respeito. Enquanto ela falava tinha lágrimas nos olhos e um sorriso no rosto. A professora Patrícia me ensinou neste dia o quão forte e humano podemos escolher ser.

A Patrícia conquistou a minha admiração e de muitas outras pessoas.

Decidi escrever esta história para promovê-la e se possível motivar outras pessoas a refletir sobre a sua própria vida e mais do que isto conseguir de alguma forma contribuir para o seu projeto na Comunidade Vila Santa Rosa, que foi um dos projetos que pude ter o prazer e a honra de conhecer.

Deixo esta mensagem para todos que puderem de alguma forma contribuir com material didático, auxilio para o lanche das crianças, brinquedos pedagógicos, contribuições para os dias festivos, eles precisam também de um local mais adequado para as aulas, aparelhos eletrônicos como TV, DVD, filmes educativos, etc.

Em média são umas vinte e cinco crianças e adolescentes que fazem parte do projeto de três a dezessete anos de idade.

Para contribuir você pode entrar em contato direto com a Patrícia pelo e-mail patrícia.marcia74@gmail.com

A Jacqueline Christine Diretora Geral da SiaS (www.sias.com.br) e professora na FGV-BH apoia o projeto.

Abs,
Léo

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